quinta-feira, 21 de junho de 2012

PROFESSORES DÃO DICAS PARA CONCURSO DA POLICIA FEDERAL

Finalmente saiu o tão esperado concurso para a Polícia Federal, com oportunidades para três cargos: delegado (150), perito (100) e escrivão (350). As inscrições foram abertas na última segunda-feira e os interessados em participar terão até 9 de julho para se cadastrarem, no site do Cespe/UnB. Segundo especialistas, espera-se, para este processo seletivo, um dos maiores contingentes de inscritos de todos os tempos, atraídos especialmente pelos bons salários — de R$ 7.514,33 para escrivão e de R$ 13.368,68 para perito e delegado. O edital está voltado para unidades de fronteira, como os estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, entre outros.

Uma das grandes novidades do edital de delegado de polícia, diz o diretor do IOB, é a integração da prova oral, tradicionalmente cobrada na carreira jurídica. Aos escrivães, é bom lembrar que a prova de digitação terá unicamente caráter eliminatório.

— Este mesmo edital não fala expressamente da avaliação de títulos entre os requisitos para investidura, mas deixa escapar que pode haver uma avaliação. Tal fato não ocorre no edital para perito, onde os títulos parecem preencher a ausência da prova de digitação — acrescenta o professor Leonardo Pereira, diretor do Instituto IOB,

Quanto às disciplinas, ressalta Pereira, os peritos sempre esperam uma prova muito técnica e específica, afastando os aventureiros de seus bancos de prova. Contudo, o cargo de agente receberá de braços abertos a grande maioria dos concurseiros, já que conta com disciplinas que representam com grande fidelidade o núcleo duro da maioria dos concursos de nível superior.

Para delegado, no entanto, o edital traz algumas surpresas: criminologia, direito financeiro e direito internacional público dão o tom da conversa, apontando um edital maduro e voltado especialmente para o bom desempenho das atividades policiais. Ou seja, exige do bacharel em direito um pouco mais do que se esperava, levando-se em consideração o último edital.

O professor Sérgio Gurgel, do Canal dos Concursos, aconselha que as disciplinas sejam estudadas com equilíbrio, mas admite ser natural que os candidatos priorizem o conteúdo de direito penal, processo penal e legislação especial, pensando nestas matérias como as mais importante por se tratar de um concurso voltado para a área de segurança.

Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso, vai além, afirmando que os candidatos não devem estudar exclusivamente os novos conteúdos do edital, já que, como são novidades, não devem ser cobrados de forma intensiva:

— O que o candidato tem que fazer é equilibrar o estudo entre todos conteúdos, de acordo com o peso de cada bloco de prova. É importante ajustar o tempo de estudo para garantir a melhor relação custo-benefício. Sendo assim, o candidato precisa dar mais ênfase ao conjuntos de disciplinas com maior peso na prova.

Estrella vê a prova oral para delegado como um problema, tornando mais trabalhoso o processo de seleção e tirando um pouco a objetividade do certame:

— A Polícia Civil já vem fazendo isso há bastante tempo. Embora a proposta seja interessante, o candidato perde um pouco a mão dessa questão de controle do certo e errado, de qual é o gabarito, de que forma ele respondeu, de que forma vai fazer um recurso. Como prova de avaliação é um avanço, mas como forma de controle para o candidato é um dificultador. A avaliação é muito subjetiva, o que torna mais difícil para o candidato avaliar seu desempenho. Além disso, tem o fator estresse de passar por uma avaliação oral.

Como nas demais seleções públicas, os especialistas afirmam que a resolução de exercícios de provas anteriores para os cargos ou ministrada pela banca organizadora é sempre a melhor indicação de estudo, principalmente durante as semanas que antecedem as provas. Os candidatos devem também aproveitar os sites gratuitos que fornecem questões de concursos com gabarito e comentários das questões, excelentes para preparação e treino dos concursandos, ajudando a sedimentação e fixação do conteúdo já estudado.

Para todos os candidatos, um lembrete: é exigida carteira nacional de habilitação, no mínimo, na categoria B para todos os cargos.

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