Passar em concurso público e conquistar a tão sonhada estabilidade na carreira profissional não é uma tarefa fácil: exige muita dedicação e força de vontade. Disciplinas como português e matemática e as matérias específicas de um cargo têm que estar na ponta da língua para que o candidato se destaque dos demais concorrentes e garanta uma boa colocação. O que muitos não se dão conta é que as questões de língua estrangeira podem fazer a diferença e garantir a vaga desejada.
Diretora do curso Plan Idiomas Direcionados, Angela Branco afirma que os pontos adquiridos nas provas de língua estrangeira podem ser determinantes para uma colocação:
— Já foi o tempo em que bastava um conhecimento superficial para garantir uma vaga. Hoje, os exames pedem compreensão e interpretação de textos complexos, muitas vezes com vocabulário específico".
Segundo Angela, na maioria das vezes, os alunos não se dedicam o suficiente à língua estrangeira cobrada nos concursos e acabam perdendo pontos que podem fazer toda a diferença na disputa por uma vaga. Ela diz que não é preciso ser fluente para se dar bem na prova, mas é essencial ter bom conhecimento do idioma.
— O importante é ler e interpretar os textos com segurança. E para isso é necessário que haja muita prática de leitura — explica a diretora.
Coordenador pedagógico do Plan Idiomas Direcionados, Richard Betts acredita que interpretação de texto é o ponto mais importante para o candidato ter um bom desempenho num concurso público. Para isso, o candidato precisa ter compreensão ampla do que o texto quer dizer e não só do que ele diz.
— As questões de interpretação de texto normalmente são as que os concurseiros têm maior dificuldade. Além disso, o aluno tem que ter um bom embasamento gramatical, com tempos verbais, preposições e vocabulário geral.
Já na opinião de Leila Eto, professora de inglês do Canal dos Concursos e do site Concurso Virtual, a fluência certamente ajuda os candidatos, porque significa que ele está mais à vontade com a língua e conhece mais a gramática. Sendo assim, ele terá menos dificuldades na leitura e compreensão do texto e, por conseguinte, na resolução das questões. Mas isso não impede que candidatos que não tenham fluência se deem bem nas provas.
— Uma dica que eu dou é a realização de provas anteriores, além da leitura de artigos no idioma. Algumas bancas utilizam como fontes para as questões sites estrangeiros especializados em economia, política e atualidades. O importante é focar no estilo da banca.
Entretanto, ressalta a professora, há situações em que os textos são profundamente técnicos, cujo vocabulário é denso, específico e, neste caso, podem fugir da esfera de conhecimento deste aluno fluente.
— Diante de tais situações, a fluência fica em segundo plano e o mais importante será o direcionamento correto ao perfil da banca para que se possa pensar em consonância ao entendimento da banca e, assim, enfocar o estudo de acordo com a abordagem utilizada pela realizadora do concurso.
Na hora da preparação para as provas, diz Leila, os candidatos devem estar atentos a tópicos como conectivos e sinônimos, que aparecem muito no decorrer dos textos. Além disso, devem prestar atenção na referência contextual e na referência pronominal. É aconselhável que leiam repetidamente as citações dos textos, porque muitas questões são formuladas a partir delas:
— É importante também que o candidato tenha uma ideia geral do texto e não fique preocupado com a tradução de cada palavra presente. Muitas questões têm estilo "pegadinha" e por isso o candidato deve ler atentamente o que foi solicitado.
Quando a escolha é o espanhol
Algumas pessoas optam pela prova de espanhol, pois acreditam ser mais fácil, pela semelhança com a língua portuguesa. Mas os professores fazem um alerta para o grande número de falsos cognatos (palavras que têm a mesma raiz). Se o aluno não tem um bom conhecimento do idioma, pequenos obstáculos podem levar à total falta de compreensão.
— Deve-se tomar cuidado redobrado com as provas de espanhol já que a similaridade da língua espanhola com a portuguesa pode confundir os candidatos. Existem palavras parecidas com significados diferentes. Um exemplo é a palavra "embarazada" que na língua hispânica significa grávida e não embaraçada — destaca o professor de espanhol do Plan Idiomas Direcionados, Rodrigo Sangião, lembrando que as conjugações são difíceis. — Existem mais tempos verbais no passado e isso confunde um pouco. Os pronomes de objeto direto e indireto também são inimigos de quem faz uma prova de espanhol.
Pegadinhas
Não importa o idioma, o candidato deve prestar muita atenção ao comando da questão. Segundo Leila Eto, há itens que envolvem o principal objetivo do texto e, assim, uma pegadinha comum é se colocar dentre as alternativas ideias que se encontram no texto, estão corretas, mas não envolvem a ideia principal. Há outras questões que tratam de sinônimos e, para direcionar o candidato ao erro, utilizam-se falsos cognatos para o suposto sinônimo a fim de que o candidato se equivoque.
Outra pegadinha comum, diz a professora, é aquela em que a alternativa se apresenta correta até quase o final e, depois de uma vírgula, apresenta-se uma ideia completamente errada, invalidando a alternativa.
E para finalizar, outra pegadinha é aquela em que damos um passo além do que se encontra no texto, fazendo uma interpretação extensiva, chegando a uma conclusão de determinada ideia que se encontra no texto, cuja consequência não está explícita. Nesse caso, perdemos o ponto na questão porque não nos restringimos à informação contida no texto, explica Leila.
Da Agência O Globo
Diretora do curso Plan Idiomas Direcionados, Angela Branco afirma que os pontos adquiridos nas provas de língua estrangeira podem ser determinantes para uma colocação:
— Já foi o tempo em que bastava um conhecimento superficial para garantir uma vaga. Hoje, os exames pedem compreensão e interpretação de textos complexos, muitas vezes com vocabulário específico".
Segundo Angela, na maioria das vezes, os alunos não se dedicam o suficiente à língua estrangeira cobrada nos concursos e acabam perdendo pontos que podem fazer toda a diferença na disputa por uma vaga. Ela diz que não é preciso ser fluente para se dar bem na prova, mas é essencial ter bom conhecimento do idioma.
— O importante é ler e interpretar os textos com segurança. E para isso é necessário que haja muita prática de leitura — explica a diretora.
Coordenador pedagógico do Plan Idiomas Direcionados, Richard Betts acredita que interpretação de texto é o ponto mais importante para o candidato ter um bom desempenho num concurso público. Para isso, o candidato precisa ter compreensão ampla do que o texto quer dizer e não só do que ele diz.
— As questões de interpretação de texto normalmente são as que os concurseiros têm maior dificuldade. Além disso, o aluno tem que ter um bom embasamento gramatical, com tempos verbais, preposições e vocabulário geral.
Já na opinião de Leila Eto, professora de inglês do Canal dos Concursos e do site Concurso Virtual, a fluência certamente ajuda os candidatos, porque significa que ele está mais à vontade com a língua e conhece mais a gramática. Sendo assim, ele terá menos dificuldades na leitura e compreensão do texto e, por conseguinte, na resolução das questões. Mas isso não impede que candidatos que não tenham fluência se deem bem nas provas.
— Uma dica que eu dou é a realização de provas anteriores, além da leitura de artigos no idioma. Algumas bancas utilizam como fontes para as questões sites estrangeiros especializados em economia, política e atualidades. O importante é focar no estilo da banca.
Entretanto, ressalta a professora, há situações em que os textos são profundamente técnicos, cujo vocabulário é denso, específico e, neste caso, podem fugir da esfera de conhecimento deste aluno fluente.
— Diante de tais situações, a fluência fica em segundo plano e o mais importante será o direcionamento correto ao perfil da banca para que se possa pensar em consonância ao entendimento da banca e, assim, enfocar o estudo de acordo com a abordagem utilizada pela realizadora do concurso.
Na hora da preparação para as provas, diz Leila, os candidatos devem estar atentos a tópicos como conectivos e sinônimos, que aparecem muito no decorrer dos textos. Além disso, devem prestar atenção na referência contextual e na referência pronominal. É aconselhável que leiam repetidamente as citações dos textos, porque muitas questões são formuladas a partir delas:
— É importante também que o candidato tenha uma ideia geral do texto e não fique preocupado com a tradução de cada palavra presente. Muitas questões têm estilo "pegadinha" e por isso o candidato deve ler atentamente o que foi solicitado.
Quando a escolha é o espanhol
Algumas pessoas optam pela prova de espanhol, pois acreditam ser mais fácil, pela semelhança com a língua portuguesa. Mas os professores fazem um alerta para o grande número de falsos cognatos (palavras que têm a mesma raiz). Se o aluno não tem um bom conhecimento do idioma, pequenos obstáculos podem levar à total falta de compreensão.
— Deve-se tomar cuidado redobrado com as provas de espanhol já que a similaridade da língua espanhola com a portuguesa pode confundir os candidatos. Existem palavras parecidas com significados diferentes. Um exemplo é a palavra "embarazada" que na língua hispânica significa grávida e não embaraçada — destaca o professor de espanhol do Plan Idiomas Direcionados, Rodrigo Sangião, lembrando que as conjugações são difíceis. — Existem mais tempos verbais no passado e isso confunde um pouco. Os pronomes de objeto direto e indireto também são inimigos de quem faz uma prova de espanhol.
Pegadinhas
Não importa o idioma, o candidato deve prestar muita atenção ao comando da questão. Segundo Leila Eto, há itens que envolvem o principal objetivo do texto e, assim, uma pegadinha comum é se colocar dentre as alternativas ideias que se encontram no texto, estão corretas, mas não envolvem a ideia principal. Há outras questões que tratam de sinônimos e, para direcionar o candidato ao erro, utilizam-se falsos cognatos para o suposto sinônimo a fim de que o candidato se equivoque.
Outra pegadinha comum, diz a professora, é aquela em que a alternativa se apresenta correta até quase o final e, depois de uma vírgula, apresenta-se uma ideia completamente errada, invalidando a alternativa.
E para finalizar, outra pegadinha é aquela em que damos um passo além do que se encontra no texto, fazendo uma interpretação extensiva, chegando a uma conclusão de determinada ideia que se encontra no texto, cuja consequência não está explícita. Nesse caso, perdemos o ponto na questão porque não nos restringimos à informação contida no texto, explica Leila.
Da Agência O Globo
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