Segunda-feira (23) é o dia em que sai a decisão sobre a entrada ou não das cotas para deficientes físicos no concurso para guarda civil. Pelo menos é o que diz o gerente municipal de Administração, Manoel Bizerra. De acordo com ele, no dia 23, o secretário de Defesa Social do Estado, Álber Nóbrega, estará em Mossoró para se reunir e avaliar a situação junto às instituições envolvidas. "Só aí poderemos entrar em um acordo totalmente válido", diz Bizerra.
O assunto da reunião será a recomendação emitida esta semana pelo Ministério Público. O documento reza que para estar em acordo com a legislação federal, todo concurso precisa incluir uma cota de, no mínimo, 5% ou de, no máximo, 20% para deficientes físicos.
Anteontem (19), Bizerra se reuniu com a Polícia Civil e a Comissão de Avaliação do Concurso para discutir o assunto. Não chegaram a nenhuma conclusão. Decidiu-se, por enquanto, em adiar em uma semana o prazo para se inscrever no concurso, que agora tem no dia 27 deste mês a data-limite.
Mas, de acordo com o gerente, a prorrogação do prazo se deve também à grande quantidade de pessoas que querem se inscrever. "A demanda está muito grande, maior que a esperada. Tivemos que adiar não só pela recomendação do MP, mas também porque, nos horários e no prazo que demos, não tem como cadastrar todo mundo".
Quanto à polêmica de possivelmente não incluir as cotas, Manoel Bizerra explica: "O que a gente tem que levar em consideração é que com as cotas, a contratação de deficientes será obrigatória. Talvez isso seja um equívoco. Nós queremos contratar pelotões, gente para atuar na rua, o que exige uma capacidade física muito grande. Não se trata de preconceito, mas de saber adaptar a situação".
Apesar da explicação, o gerente diz que para se chegar a um resultado satisfatório, tudo precisa ser discutido. "Vamos analisar o que pode ser feito. Se houver necessidade de incluir as cotas, vamos incluir. Se precisar marcar novas datas, marcaremos. Mas só depois da reunião".
FONTE: JORNAL O MOSSOROENSE
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